Processos erosivos no córrego Braço Frio: aspectos da erosão em ambientes urbanos na costa oriental do Nordeste do Brasil

Autores

Palavras-chave:

Erosão do Solo, Urbanização, Processos Fluviais

Resumo

A erosão em áreas urbanas tem sido um desafio mundial. Esse estudo buscou analisar os processos erosivos no córrego Braço Frio, em Maceió, ao longo do período de 2002 a 2023, com base em produtos de sensoriamento remoto. Detectou-se mudanças sensíveis no balanço entre erosão e sedimentação no córrego e foi possível estimar taxas de erosão recentes. A urbanização e intervenções de engenharia, como pavimentação e drenagem, desencadearam uma rápida aceleração dos processos erosivos. Além disso, verificou-se que a erosão remontante representa uma ameaça direta à integridade de infraestruturas de transporte e à segurança dos moradores da área analisada. Portanto, medidas urgentes, incluindo a construção de estruturas de contenção, reflorestamento das margens e conscientização da comunidade são necessárias para mitigar os impactos da erosão. Finalmente, esse estudo destaca a importância da gestão ambiental em áreas sujeitas a processos erosivos acelerados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BATISTA, B. A. et al. Avaliação da expansão urbana na Cidade de Maceió, Alagoas–Nordeste do Brasil. Research, Society and Development, v. 10, n. 11, p. e253101119537–e253101119537, 2021.

BOOTH, D. B. et al. Global perspectives on the urban stream syndrome. Freshwater Science, v. 35, n. 1, p. 412–420, 2016.

BRIERLEY, G. J.; FRYIRS, K. A. Geomorphology and river management: applications of the river styles framework. [s.l.] John Wiley & Sons, 2013.

CORREIA FILHO, W. L. F. et al. Impact of urban decadal advance on land use and land cover and surface temperature in the city of Maceió, Brazil. Land use policy, v. 87, p. 104026, 2019.

FLORENZANO, T. G. Iniciação em sensoriamento remoto. São Paulo: Oficina de Textos, 2007.

FLORENZANO, T. G. Geomorfologia: conceitos e tecnologias atuais. São Paulo: Oficina de Textos, 2016.

GRABLE, J. L.; HARDEN, C. P. Geomorphic response of an Appalachian Valley and Ridge stream to urbanization. Earth Surface Processes and Landforms: The Journal of the British Geomorphological Research Group, v. 31, n. 13, p. 1707–1720, 2006.

IBGE. De 2010 a 2022, população brasileira cresce 6,5% e chega a 203,1 milhões | Agência de Notícias. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/37237-de-2010-a-2022-populacao-brasileira-cresce-6-5-e-chega-a-203-1-milhoes>. Acesso em: 28 jul. 2023.

MACEIÓ. Bairros de Maceió :: Um site premiado. Disponível em: <http://www.bairrosdemaceio.net/noticias/clima-bom-prefeitura-investe-r-12-milhoes-no-bairro>. Acesso em: 20 ago. 2023.

MARQUES, J. A. F.; LÔBO, V. J. D.; PELA FACET, E. C. Estudo Comparativo do Coeficiente de Absorção dos Solos do Terciário de Maceió-Al, com os Valores Sugeridos por Norma. Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica. Anais...2010.

MARQUES, R. F.; COUTINHO, R. Q.; MARQUES, A. G. Caracterização Geotécnica de um Perfil de Solo Não Saturado da Formação Barreiras da Cidade de Maceió-AL. XIII COBRAMSEG, 2006.

MINER, G. Land Use and Watersheds: Human Influence on Hydrology and Geomorphology in Urban and Forest Areas. American Water Works Association. Journal, v. 94, n. 1, p. 123, 2002.

MORAIS, E. S.; MONTANHER, O. C. Ajustamento fluvial à agropecuária, urbanização e reservatório e análise cientométrica do impacto dessas atividades nos rios brasileiros. 2022.

NASCIMENTO, M. C. et al. Análise da Vulnerabilidade Físico-Ambiental causada pelas chuvas intensas na Região Metropolitana de Maceió. Caminhos de Geografia, v. 19, n. 67, p. 268–288, 2018.

PARAHYBA, R. DA B. V. et al. Solos do município de Maceió-AL. Manejo de conservação do solo e da água no contexto das mudanças ambientais. Rio de Janeiro, 2008.

PMM. Plano diretor de Maceió. Maceió: IBAM, 2005.

SCHUMM, S. A. The fluvial system. [s.l: s.n.].

SIAME, L. L. et al. Natural denudation versus anthropogenically accelerated erosion in Central Brazil: A confrontation of time and space scales. Earth’s Future, v. 11, n. 8, p. e2022EF003297, 2023.

STEVAUX, J. C.; LATRUBESSE, E. M. Geomorfologia fluvial. São Paulo: Oficina de Textos, 2017.

Strahler, A. N. Introduction to Physical Geography. New York:Wiley, 2003.

TUCCI, C. E. Drenagem urbana. Ciência e cultura, v. 55, n. 4, p. 36–37, 2003.

UN HABITAT. World Cities Report 2022. Disponível em: <https://unhabitat.org/wcr/>. Acesso em: 28 jul. 2023.

WOLMAN, M. G. A cycle of sedimentation and erosion in urban river channels. Geografiska Annaler: Series A, Physical Geography, v. 49, n. 2–4, p. 385–395, 1967.

Downloads

Publicado

05-09-2023

Como Citar

PANTA, G.; NASCIMENTO, J. P. da H.; CORRÊA, A. C. de B.; MONTEIRO, K. de A. Processos erosivos no córrego Braço Frio: aspectos da erosão em ambientes urbanos na costa oriental do Nordeste do Brasil. GeoPUC, Rio de Janeiro, Brasil, v. 15, n. 29, 2023. Disponível em: https://geopuc.emnuvens.com.br/revista/article/view/16. Acesso em: 13 mar. 2025.

Edição

Seção

Artigos