Transporte aquaviário de passageiros na Baía de Guanabara: estruturação dos monopólios e gestão das acessibilidades em uma perspectiva geográfica
Resumo
Nos últimos anos, os temas ligados ao transporte, mobili-dade urbana entraram, de forma mais significativa, na pauta de discussões das ciências sociais, ganhando destaque nos debates de âmbito político, econômico e social. As grandes cidades brasileiras são profundamente marcadas pelas condições inadequadas de deslocamento de pessoas e mercadorias. Além das más condições de transporte coletivo, já amplamente documentadas, agravaram-se recentemente as restrições às acessibilidades e sustentabilidades nas grandes metrópoles do país, gerando impactos sobre a qualidade de vida das pessoas e sobre as atividades sociais e econômicas. Em linhas gerais, o problema central dessa pesquisa reside na baixa qualidade da gestão do transporte aquaviário de passageiros na Baía de Guanabara, caracterizada atualmente pelos constantes atrasos nos horários das embarcações, pelas altas tarifas, pela superlotação no interior das barcas e pelo número reduzido de linhas regulares e terminais e pela limitação de suas conexões intermodais. A hipótese norteadora desse trabalho argumenta que o fator decisivo para a baixa qualidade desse modelo de transporte possui origem política e econômica e é o monopólio historicamente presente no setor. Nesse sentido, o objetivo geral desse trabalho consiste em analisar a natureza da gestão do transporte aquaviário de passageiros no Rio de Janeiro, avaliando a influência do monopólio sobre a qualidade do serviço e seus reflexos territoriais, como a emergência do transporte aquaviário clandestino na margem leste da Baía de Guanabara.
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