O Estado e as (re)configurações nas centralidades em cidades médias: contribuição a partir de Marabá -Amazônia - Brasil
DOI:
https://doi.org/10.64238/geopuc.2024.112Palavras-chave:
Cidade e comércio, Poder público, Shopping centers, Marabá-PA, SupermercadosResumo
Após a virada do século, muitas cidades médias no Brasil têm experienciado reconfigurações em suas centralidades na escala intraurbana. Estas mudanças estão atreladas à instalação de grandes espaços privados de consumo, conforme aponta a literatura. Este artigo objetiva discutir a influência do poder público nesses processos. Para tanto, elegemos as escalas nacional e local para análise. Nossa aproximação empírica é Marabá-PA. Tal escolha, nos possibilitou visualizar as interferências dos agentes públicos tanto no âmbito geral, com reverberações na urbanização brasileira e particularmente nas cidades médias, quanto em um caso específico. Além de referencial teórico sobre os temas de interesse, recorremos a: entrevistas com agentes bem-informados, ao plano diretor participativo do município, informações da mídia como matérias de jornais, blogs de notícias e magazines. Utilizamos recursos imagéticos como mapas, figuras e fotografias. Destacamos as políticas que levaram ao aumento da capacidade de consumo dos brasileiros e à criação de uma economia favorável à expansão das empresas, além de volumosos empréstimos do BNDES para construção de shopping centers e super/hipermercados. Em Marabá, algumas ingerências estatais se entrelaçam, estando a maioria relacionadas a uma completa reforma e duplicação da rodovia Transamazônica que possibilitou a instalação dos empreendimentos e efetivação dessa via na escala da cidade enquanto importante centralidade.
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